quarta-feira, 25 de julho de 2018

Meio século da maior banda brasileira da história


Há cinco décadas, o trio formado por Rita Lee e os irmãos Arnaldo e Sérgio Baptista, lançavam o primeiro disco de sua carreira. Marcado pela sua irreverência e inventividade, o grupo paulistano seria o primeiro à incrementar junto a suas influências do rock britânico, elementos da música brasileira e latino-americana em geral.
Contando com a produção de Manoel Barenbein e os aclamados arranjos de Rogério Duprat, o disco homônimo, "Os Mutantes", conta com forte influência da fase psicodélica dos Beatles, assim como a utilização de técnicas de estúdio e instrumentos não convencionais.
Autor da biografia da banda – A Divina Comédia dos Mutantes –, Carlos Calado ressalta a importância da banda dentro do cenário musical brasileiro da época e como eles sacudiram o movimento artístico com as suas
extravagâncias: "Os mutantes foram pioneiros na juventude daquela época que, através do rock, mergulhou de cabeça na contracultura. Antes deles, era inimaginável um artista, de que área fosse, se apresentar num programa de TV com trajes inusitados como eles faziam"
Num primeiro momento aliados aos tropicalistas, Os Mutantes trouxeram uma cultura de rock desconhecida por artistas que também faziam parte do mesmo movimento, como Caetano Veloso e Gilberto Gil, que claramente sofreram forte influência musical do grupo, como explica Calado: "é imensurável a importância da banda no movimento tropicalista, pois sem os Mutantes, grande parte da relevância e criatividade que o movimento é prestigiado ainda hoje, não seria possível".
Apesar disso, curiosamente a banda parecia não gozar do prestígio merecido aqui no Brasil, o que parece ter mudado devido às citações feitas por artistas internacionais como Kurt Cobain, Beck e Sean Lennon, entre outros. Muitos desses admitiram ter sofrido influência do grupo. O que também parece ter revigorado o interesse pela banda nas últimas décadas foram os matérias lançados, como livros – a exemplo da biografia de Calado -, álbuns póstumos e tributos de diversos outros artistas consagrados da música popular brasileira.

quarta-feira, 17 de maio de 2017

“Are You Experienced?”: cinquenta anos atrás, Hendrix mudava as regras do rock

Estou na Quinta Avenida.
Mas poderia estar na Vieira Souto.
Ou então no Boulevar des Italiens.
Bem próximo ao Quartier Latin.

Poderia contemplar o Niágara.
Os antílopes da Etiópia.
A verguidão da Torre de Pizza.
Os Rolling Stones em Wembley.

Poderia estar ao mesmo tempo
com Napoleão, Mussolini, Miterrand.
Explodir o tempo e a geografia.

Mas estou no quarto ouvindo Jimi Hendrix.
E sei que isso é tudo
entre mim e o mundo

Skylab, Ouvindo Jimi Hendrix

Poucos artistas podem ter o luxo de serem considerados um marco na história. E neste seleto grupo o lugar de Jimi Hendrix está mais do que assegurado. A história todo mundo conhece, nascido e crescido em Seattle, nos Estados Unidos, Johnny Allen Hendrix teve uma curta passagem pelo exército, como para-quedista, e, depois de tocar em algumas bandas de sua cidade, foi levado para a Inglaterra por Chas Chandler, baixista da banda The Animals. A partir daí, Jimi formou sua banda e simplesmente virou o mundo musical de cabeça para baixo. E para tal, foi necessário apenas um álbum...
Are You Experienced?” é provavelmente o maior álbum de estreia de todos os tempos. Com o mesmo impacto que uma bomba nuclear, o disco fez estrago na mente de todos que ouviram. Primeiro, na Inglaterra, onde só ficou atrás do também revolucionário Sgt. Peppers Lonely Hearts Club Band - embora o estarrecimento daqueles que ouvissem o álbum de Hendrix fosse até maior -, depois, na Europa inteira e, finalmente, em sua terra natal, nos Estados Unidos.
A ascensão estratosférica de Hendrix lhe trouxe dinheiro, fama... e sérios problemas. Assim como seus contemporâneos Brian Jones e Jim Morrison, não soube lhe dar com o sucesso, o que acabou o levando a sua misteriosa e precoce morte, em 18 de setembro de 1970, com apenas 27 anos. Mas, antes disso, ele ainda deixaria mais dois álbuns lançados em vida, os ótimos “Axis: Bold As Love”, no mesmo ano, e “Electric Ladyland”, de 1968. Sem contar os diversos álbuns póstumos.
Se a audição nos dias atuais de “Are You Experienced?” ainda nos traz a sensação de estarmos diante de algo de outro mundo, é assustador tentar imaginar o poder do disco há cinquenta anos. Depois disso, tudo mudou. Ninguém poderia continuar a ser o mesmo depois do aparecimento de Jimi Hendrix. E assim foi.

sexta-feira, 5 de maio de 2017

Até quando?


Quando Eduardo Baptista foi contrato como novo técnico do Palmeiras, para substituir o então recente campeão brasileiro, Cuca, Era claro de que o novo técnico precisaria de tempo para por as suas ideias de futebol – um tanto diferente da forma do ex-treinador – em prática. É óbvio que Eduardo não iria mudar tudo de uma hora pra outra, afinal de contas, o Palmeiras vinha de uma recente conquista importante no ano anterior. Um dos receios por boa parte dos torcedores e até mesmo da imprensa, era de que o novo técnico teria dificuldade para lidar com um elenco com tanto jogadores renomados, fato que poderia ser de extrema importância em sua sobrevivência em meio à pressão que sempre esteve lá, desde o primeiro dia em que o treinador assumiu o cargo. Mas esse não foi o principal motivo para a absurda demissão de Eduardo anunciada nesta noite de quinta-feira...
No campeonato paulista, o Palmeiras teve alguns maus resultados contra times pequenos, venceu dois clássicos (contra santos e São Paulo) e perdeu um (contra o Corinthians), e não conseguiu se classificar para a final, depois de um derrota surpreendente de 3x0 para a Ponte Preta no estádio Moisés Lucarelli. Claro, títulos sempre são bem-vindos, mas... quem se importa? Qual é o tamanho de um campeonato estadual, quando você tem no ano uma libertadores e tantos outros campeonatos mais importantes?
Aliás, na libertadores, apesar da dificuldade demonstrada pela equipe para vencer jogos teoricamente fáceis em casa, a equipe conseguiu alguns bons resultados fora de casa, sendo um deles uma vitória épica, de virada, na casa do Peñarol. A última derrota, para o Jorge Wilstermann, na Bolívia, não irá causar grandes problemas, tendo em vista a classificação já bem encaminhada.
Então... Qual seria o grande motivo para a demissão?
Nas palavras do presidente do Palmeiras, Maurício Galliotti, o desempenho e a falta de evolução da equipe foram os principais pontos que levaram até a demissão de Eduardo Baptista. Estranho...
O que mais me assusta no caso é que, para muitos jornalistas, comentaristas e torcedores, a demissão não tem nada de absurda. Até aí, tudo bem, afinal de contas, cada um pode enxergar de forma diferente e fazer sua própria análise da equipe. Mas, curiosamente, os que agora não parecem fazer muita força para dizer que a demissão do técnico é absurda, devido ao tal desempenho, são os mesmos que disseram que, não importava como jogava, o Palmeiras havia sido campeão brasileiro. São os mesmos que não entendiam as críticas a Marcelo Oliveira, quando o técnico foi campeão da copa do Brasil, mesmo com um desempenho não tão bom.
Tudo isso mostra que boa parte da imprensa e quase todos os clubes brasileiros, dão uma importância desmedida para o currículo dos técnicos no futebol brasileiro. O resto, é conversa... Não foi o desempenho que fez com que Eduardo caísse, mas sim o seu tamanho como treinador, a falta de títulos, apesar dos bons resultados nos últimos anos em equipes menores. Se o desempenho fosse realmente o motivo da demissão, Marcelo Oliveira teria sido demitido no ano que venceu a copa do Brasil, e Cuca também seria discutido, apesar da campanha no campeonato brasileiro.

A questão que fica é: até quando o futebol brasileiro continuará com essa visão imediatista sobre o trabalhos dos técnicos?

terça-feira, 18 de abril de 2017

A Máscara Da Honestidade

Não se fala em outra coisa no futebol brasileiro: O  ato de honestidade de Rodrigo Caio, zagueiro do São Paulo. Em um lance onde disputava bola com o atacante Jô, do Corinthians, Rodrigo Caio acidentalmente pisou no goleiro da sua equipe que chegava para  agarrar a bola. O árbitro acabou se enganando e, se já não fosse o bastante marcar a falta equivocadamente pois havia achado que o pisão tinha sido dado por Jô, deu cartão amarelo para o atacante. O cartão aplicado pelo juiz tiraria Jô da segunda partida entre as mesmas equipes, válida pelas semi-finais do glorioso campeonato paulista. Mas, no meio disso tudo, Rodrigo Caio recorreu ao juiz e confessou que na verdade ele havia pisado no goleiro, fazendo com que o erro fosse consertado. Atitude não apenas correta, como também rara. E não apenas no futebol. Em um País de espertinhos que adoram tirar vantagem em tudo, Rodrigo foi honesto e recusou a vantagem dada ele e sua equipe indevidamente pelo árbitro do jogo.
Não entrarei na discussão estúpida a respeito dos comentários de Maicon, assim como na suposta irritação de Rogério Ceni, técnico do São Paulo, que não teria gostado muito da atitude de seu jogador. Claro, vencer, não importa em que circunstâncias. Esse parece ser o lema de Rogério.
Mas o que mais chama a minha atenção nesses casos, é o quase emocionante discurso bradado por certas pessoas, sejam jornalistas, torcedores e até mesmo jogadores de futebol. Estes que, pela maneira que falam, dão a entender que são pessoas honestíssimas e que lutam sempre pela justiça, não importa em que área seja, não importa para que time ou seleção seja, na verdade, eles amam a justiça acima de tudo e de todos.
Isso seria digno de aplauso, se não fosse a estranha incoerência que há entre o discurso e a ação da maioria desses militantes da justiça.
Quantos jornalistas ignoraram o roubo DESCARADO no confronto pela Liga dos Campeões entre Barcelona e PSG, como se a exuberante atuação de Neymar tenha sido o grande motivo da eliminação da equipe francesa? Quantos jornalistas se calam e simplesmente ignoram as lambanças e traquinagens dos cartolas do futebol brasileiro, seja por morrerem de medo de perder o seu emprego por irem contra à ideologia do veículo de comunicação em que trabalham, ou mesmo para não ficarem mal com um ou outro dirigente?
Quantos torcedores não se importam com a forma como a sua equipe vença, mesmo que com erros grotescos da arbitragem? Quantos torcedores usam carteira de estudante falsificadas para poderem pagar meia-entrada em jogos de futebol? Ou mesmo em suas vidas particulares, em seus trabalhos, onde quer que seja, seriam eles tão honestos a ponto de exigirem a honestidade dos outros da forma que fazem?
E os jogadores, quantos deles não simulam faltas de forma vergonhosa quase que o tempo inteiro? Quantos deles não fazem uso de artifícios para ludibriarem a arbitragem? Ouse perguntar se eles mesmos agiriam da mesma forma que Rodrigo Caio e as respostas não deixarão dúvidas: Todos são honestíssimos.
A conclusão que se chega ao analisar isso tudo é um tanto estranha. Nós brasileiros, somos abençoados. Vivemos em um País onde todos são honestos, onde temos horror à injustiça. O jeitinho brasileiro, a peculiar malandragem, isso tudo é apenas uma lenda criada por algum outro povo.

Bem, pelo menos é essa a impressão que passamos ao colocarmos a máscara da honestidade.

sábado, 8 de abril de 2017

Ascensão Supersônica

“Uma banda que  saiu do  nada  e  queria  tudo”,  assim  define  Noel  Gallagher  num trecho do documentário "Supersonic", lançado no fim de 2016 e  que  acaba de chegar à Netflix. O documentário aborda a trajetória do Oasis até o seu auge, o famoso show  em Knebworth, com publico  de 125. 000 pessoas.  A frase é perfeita e diz tudo sobre o grupo. Oriundos  de Manchester, a banda dos irmãos Gallagher alcançou um sucesso meteórico  em  apenas  três anos, em meio a um turbilhão de excessos, polêmicas e, é claro,  as famosas brigas entre Liam e Noel. 
Enquanto Noel Gallagher  trabalhava como Rodie com  Inspiral Carpets, Liam formava uma  banda com alguns amigos: Paul McGuigan,  Tony McCaroll e  Paul  “Bonehead”, futuro  baixista, baterista(que viria a ser expulso da banda no  meio da gravação de What’s The Story: Morning Glory?)  e guitarrista, respectivamente.  A banda – na época batizada de The Rain – não conseguia muita atenção e parecia carecer de um certo brilho. Até que as coisas começaram  a mudar...
Depois de deixar o emprego  e ouvir a notícia de que seu  irmão mais novo estava em uma banda, Noel resolveu  dar uma conferida  e – para  sua surpresa – enxergou futuro na banda. Não demorou muito para que ficasse claro que Noel devia se juntar a eles por ser mais velho, já ter tido experiências com outros músicos e, principalmente,  compor algumas músicas como “Live Forever”.
Certa vez, a já rebatizada banda Oasis,  dividiu uma sala de ensaio com uma banda de garotas chamada Sisters Lovers. Elas possuiam algo que nem em sonho o Oasis poderia ter na época: um show marcado em Glasgow. Depois de uma conversa,  eles foram convidados pelas garotas a  irem até a Irlanda para tocarem no mesmo local.  Apesar das dificuldades, conseguiram realizar a apresentação para um público quase insignificante. Quase, porque Alan McGee, o então diretor da Creation Records, estava lá e não só gostou da banda como propôs um contrato a eles, e isso depois de tocarem apenas quarto músicas!
Daí pra frente,  a história do Oasis é puro rock ‘n ‘roll. Tanto para o bem, como para o mal. Brigas físicas, discussões, drogas, bebidas,  entrevistas polêmicas,  mais drogas e, obviamente,  música.  Entre 1994 e 1996,  O Oasis alcançou uma fama quase que inigualável, marcando a era de ouro do Britpop junto com Blur, The Verve  e  Pulp.  Além de ter lançado dois dos discos mais vendidos e aclamados da história da rock: "Definitely Maybe" (1994) e "(What’s The Story): Morning Glory?" (1995).
A banda dos dois irmãos que queriam ser uma estrela do rock mostrou que os seus sonhos eram realmente reais...  

O Direito de Jogar Mal

Quando o árbitro apitou o fim do jogo na primeira partida entre PSG e Barcelona, no Parc des Princess, em Paris, era consensual para todo mundo que, depois do atropelamento de 4 x 0, seria praticamente impossível uma reviravolta do time catalão.
O PSG havia jogado como time grande.  Agressivo, pressionando, agredindo o adversário de forma implacável.  Draxler, Di Maria, Cavani, Verrati... Todos jogadores de altíssimo nível, jogando com incrível intensidade.  Na bola – e apenas na bola! – a equipe francesa parecia já despachar  o gigante Barcelona já na primeira partida.
Mas quem não acreditaria no super time do Barcelona? Barcelona que tem Neymar, Messi, Súazez . Jogando no Camp Nou, onde é quase imbatível.  Quem duvidaria?
Eu, você e praticamente todo mundo.  Porque o Barcelona já não é a equipe da técnica inigualável somada a coletividade, aquele time quase perfeito que vimos tantas vezes encantar o mundo. O time do toque de bola com paciência, da saída de bola perfeita, do envolvimento do adversário que, frente a equipe catalã, via-se sem saída.
Para quem vem acompanhando o time comandado pelo técnico Luis Henrique, é óbvio que se havia alguma chance de uma virada, ela estava no trio ofensivo. O trio que na primeira partida fora quase apático. A parte Neymar. O craque brasileiro parecia o único ligado no jogo, tentando jogadas às vezes sozinho, embora sem muito sucesso.
E mesmo os torcedores mais otimistas do Barça sabiam que, se já era difícil imaginar que o time devolveria  os 4 gols a zero, era talvez ainda mais difícil pensar que o resultado se daria sem ao menos um gol do PSG, o que obrigaria o time espanhol a ter de marcar 6.
Mas quando arbitro Deniz Aytekin (não esqueçamos o nome dele) deu o apito inicial no Camp Nou, com poucos minutos, algo parecia mudado em relação àquele jogo que vimos em Paris. Não tanto pelo lado do Barcelona, mas principalmente pelo lado francês. Logo aos dois minutos, um gol estranho, numa bobeada da defesa, o Barcelona abria o placar com Luís Súarez. Ótimo para o Barça. Nada melhor que um gol no início para uma equipe que precisa reverter tamanha vantagem. Mas o jogo que fazia o Barcelona dava a impressão de que não seria possível . Até que mais um vez,  em mais um erro da defesa ­­– com destaque para o zagueiro titular da seleção brasileira, Marquinhos – o Barcelona recebia mais um presente do PSG nos instantes finais do primeiro tempo. O Barcelona fechava a primeira etapa com dois a zero, mesmo não jogando para tal.
O inicio do segundo tempo, um fator que seria imprescindível para o resultado final, entrara no jogo. Deniz Aytekin, o arbitro do jogo. Ficou claro para todo mundo que Neymar havia buscado o contado com Meunier, e, apenas por isso, caira na área. Mas o juiz enxergou pênalti. Pênalti que Messi convertera, batendo forte, sem chance para o goleiro Trapp.
A partir daí, tudo parecia ter virado contra o PSG. Fora a partida apática, medrosa, agora a vantagem já não parecia tão grande. Com o Barcelona com um a mais em campo - Deniz Aytekin, o juiz - a impressão era de que, se não reagisse logo, a equipe francesa iria sofrer no Camp Nou.
Mas com a entrada de Di Maria, o PSG parecia de novo poder mostrar todo o seu potencial ofensivo, como na primeira partida do duelo. Poucos minutos depois, Cavani marcaria o gol que mataria o Barcelona, agora, precisando fazer seis gols.
O que poderia fazer o Barcelona conseguir tal façanha? Messi, Neymar, Súarez? Mesmo sabendo da força do ataque sul-americano, era de se duvidar...
Dos três, Neymar era disparado o melhor no jogo. Como na primeira partida, driblava, chamava o jogo, arriscava. E, já aos 43 min do segundo, bateu falta com maestria. Um golaço. Mas que não parecia ter tanta utilidade, afinal de contas, faltavam mais dois gols, com o jogo se aproximando já do seu final.
Mas Deniz apareceria mais uma vez. E, agora, com mais brilhantismo ainda. Se já parecia impossível pensar que havia tido alguma falta em Neymar no primeiro Pênalti, agora tudo iria para o espaço...
Veja quantas vezes quiser o lance. Veja, reveja, em câmera lenta. Agora me responda: Onde, em que momento da disputa de bola entre Marquinhos e Súarez, Há falta? O braço de Marquinhos em Súarez? Sem chance, contato normal e nem de perto o suficiente para derrubar o Uruguaio. Mas o craque do jogo enxergou pênalti na jogada. Neymar, e não Messi,  bateu com confiança e marcou. O impossível tornava-se possível. Havia tempo para o sexto gol.
Foi aí que Neymar tirou uma carta da manga. Em uma jogada que noventa e nove por cento dos jogadores do mundo tentaria arriscar um chute ou  um cruzamento a esmo para o meio da área, Neymar ameaçou, driblou, e numa cavada genial, achou Sergi Roberto livre na área para marcar o sexto gol.  Lindo! Incrível! Mas principalmente constrangedor...
Confesso que antes do jogo começar, torcia pela virada , mesmo sabendo da improbabilidade disso acontecer. Mas da forma que foi, o único sentimento que ficou foi o de constrangimento.  Foi uma vergonha o que vimos na partida.

Após o fim do jogo, os comentários em sua maioria eram: “um time que leva seis gols não pode reclamar de arbitragem”. A amarelada do PSG foi indiscutível, jogou como time pequeno. Sim, é a mais pura verdade. O PSG foi muito mal. Mas não tão diferente do que fizera o Barcelona semanas atrás. Todo grande time tem o direito de jogar mal às vezes. Nenhum time é perfeito. Mas o que não podemos é justificar com isso os “erros” grotescos e tão influentes na partida como vimos neste Barcelona e PSG. 

Meio século da maior banda brasileira da história

Há cinco décadas, o trio formado por Rita Lee e os irmãos Arnaldo e Sérgio Baptista, lançavam o primeiro disco de sua carreira. Marcado pe...